Gerador do futuro: moléculas orgânicas convertem calor em electricidade

Quando se fala dos motores dos carros mais modernos, é comum o uso de adjectivos como "alta tecnologia", "super rendimento", "alta potência" e uma série de outros ufanismos. Mas, quando vistos do ponto de vista da eficiência energética - a sua capacidade de transformar um tipo de energia noutro - temos que concordar que eles estão bem mais próximos das antigas máquinas a vapor do que gostaríamos de admitir.

Um motor a combustão tem uma eficiência energética de pouco mais do que 20%. Isso significa que quase 80% da energia contida no seu combustível será simplesmente perdida na forma de calor. E isso é verdade também para as caldeiras industriais e para as turbinas a gás de última geração que fazem funcionar as centrais termoeléctricas.

Para piorar a situação, 90% de toda a energia utilizada no mundo - das centrais de geração de eletricidade até os motores de carros - é criada por meio da conversão indirecta do calor.

"Gerar 1 watt de energia requer cerca de 3 watts de calor e envolve o lançamento no meio-ambiente do equivalente a 2 watts de energia na forma de calor," explica o pesquisador Arun Majumdar, da Universidade da Califórnia, Estados Unidos.

Com todos esses dados, é facilmente perceptível que uma pequena alteração na eficiência da conversão de calor em energia poderá ter um impacto enorme não apenas no consumo de combustíveis, principalmente os fósseis, mas também na quantidade de calor lançada constantemente na atmosfera pelas atividades humanas. (...)

Geração orgânica de eletricidade

Agora, a equipa do Dr. Majumdar fez um progresso significativo na área da conversão directa de calor em electricidade. Eles conseguiram gerar o efeito Seebeck utilizando moléculas orgânicas, lançando as bases para o desenvolvimento de um novo tipo de conversor termoeléctrico cujo custo será diminuído em várias ordens de magnitude.

"O objetivo é fazer as coisas a partir de materiais que são mais abundantes e mais facilmente processáveis," diz Rachel Segalman, outra partipante da pesquisa. "[Materiais] orgânicos são baratos e podem ser processados facilmente."Ver noticia completa -->

Fonte: www.inovacaotecnologica.com.br

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