Mexia: renováveis é único caminho para estabilização preços

O presidente-executivo da EDP - Energias de Portugal defendeu esta sexta-feira que a grande aposta nas energias renováveis é o único caminho para conseguir, a longo prazo, uma estabilidade das tarifas eléctricas.
«Estruturalmente tenho a certeza que esta é a única condição para ter no mundo preços que não subam», afirmou António Mexia, sublinhando que «a estabilização dos preços da energia está associada a uma maior responsabilidade e a uma estabilidade estrutural», usando os próprios recursos. O presidente da EDP respondia assim, quando questionado pelos jornalistas, ao alerta de Vítor Santos, presidente da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos de que a aposta nas renováveis terá impactos negativos nas tarifas eléctricas levando ao seu encarecimento, a curto prazo.

No entanto, António Mexia não afastou a necessidade de um maior investimento em energias que estão em fase inicial, como a solar, dizendo que esses custos estão quantificados.

Para contrapor, o presidente da EDP deu o exemplo da energia hídrica que, tendo «um custo marginal baixo terá um efeito estrutural positivo no sentido da diminuição das tarifas eléctricas».

António Mexia falava depois da apresentação do Programa de Eficiência Energética que começa a partir de hoje junto dos clientes residenciais, comércio, serviços e indústria.

O investimento será de mais de 10 milhões de euros, dois deles investidos directamente pela EDP e o restante pelo Plano de Promoção da Eficiência no Consumo promovido pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE).

Um dos 12 programas - Ecofamílias - a levar a cabo pela EDP pode ajudar as famílias a reduzir entre cinco e dez euros numa factura, por exemplo, de 40 euros, explicou o presidente da Quercus, associação ambientalista que vai cooperar com a eléctrica nacional em algumas das acções.

A Quercus vai acompanhar durante um ano 225 famílias espalhadas pelo país de forma a fazer um levantamento dos hábitos errados ao nível da eficiência energética e contribuir para a sua mudança. Ver resto da notícia-->

Fonte: http://diariodigital.sapo.pt

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