Circuito híbrido marca chegada da eletrônica orgânica aos processadores


Uma equipa de químicos chineses e dinamarqueses desenvolveu contactos eléctricos fabricados por uma junção de nanofios feitos de materiais orgânicos e inorgânicos, demonstrando o funcionamento integral de um circuito electrónico híbrido que poderá ser uma alternativa aos processadores feitos à base de silício.
Os nanofios foram cruzados entre si, criando uma sequência ordenada de contatos que forma os circuitos eletrônicos básicos, incluindo inversores e portas lógicas AND, OR e NAND - nos computadores atuais, esses blocos lógicos são construídos com díodos e transístores de silício. Neste experimento, eles foram construídos com materiais orgânicos - polímeros à base de carbono.

Alternativa aos computadores de silício
"Nós conseguimos colocar vários transístores feitos de nanofios orgânicos juntos para formar um nanocircuito electrónico. Este é o primeiro passo rumo à viabilização futura dos circuitos electrónicos feitos de materiais orgânicos - um possível substituto para as actuais tecnologias baseadas em silício," resume o Dr. Thomas Bjornholm, da Universidade de Copenhague.
Os transístores funcionam basicamente como chaves liga-desliga - a conexão de várias dessas chaves permite a construção de todos os blocos lógicos com que são construídos os processadores de computador e todos os demais circuitos electrónicos - veja mais detalhes na reportagem Criado microprocessador que funciona com ar.
Já existem dispositivos electrónicos orgânicos no mercado, principalmente as telas feitas com LEDs orgânicos (OLEDs). Embora promissor, permitindo a construção de transístores do tamanho de moléculas, o enfoque da electrónica orgânica ainda não chegou integralmente aos processadores.
A viabilização dos blocos lógicos em materiais à base de carbono, agora demonstrada, dá mais uma prova do potencial da electrónica orgânica e do novo patamar de dimensões que ela permitirá alcançar. Enquanto isso, os transístores de silício estão cada vez mais próximos dos limites físicos de sua miniaturização. Ver notícia completa-->

Fonte: Inovação Tecnológica

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