Electricidade sobe em Portugal e cai na Europa

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Portugal é dos países da União Europeia com preços de energia mais elevados, tendo em conta o poder de compra das famílias. Apesar da queda dos custos na média dos 27, em Portugal eles mantinham-se acima dos parceiros europeus.
Os preços da energia caíram na média dos países da União Europeia entre a segunda metade de 2008 e a segunda de 2009. Em Portugal, isto aconteceu para o gás doméstico mas não para a electricidade.
Contra a corrente, os preços da electricidade desceram 1,5% entre os 27 países comunitários mas em Portugal subiram 4,5%, segundo os dados do Eurostat, o gabinete de estatísticas da Comissão Europeia.
O preço da electricidade em Portugal era, era no entanto, mais baixo que o da média comunitária (16,45 euros), o que não invalidada o facto de ser o sétimo mais alto entre os 27, em termos de paridade do poder de compra. Ou seja, embora, em Portugal, o preço real pago por cada cem "quilowatts" fosse de 15,41 euros, quando relativizado, os portugueses pagaram o equivalente a 18,61 pontos acima.
Os países com pior capacidade de poder de compra que Portugal neste campo foram a Hungria, a Polónia e a Alemanha. Em termos de descida de preço real, ela foi mais acentuada em Chipre, na Itália, na Irlanda e na Dinamarca.
Em Espanha, o preço da electricidade também subiu 8,2% - cada cem unidades de electricidade custavam entre 2008 e 2009 16,84 euros, um valor próximo da média europeia.
De notar que em Janeiro de 2009, e também segundo os números do Eurostat, o salário mínimo em Portugal era de 525 euros (475€x14 meses/12 meses=525€) enquanto era de 728 euros em Espanha ou 1642 euros no Luxemburgo, o mais alto de toda a UE.
Quanto ao gás doméstico, tanto os portugueses como os europeus pagaram menos entre 2008 e 2009, mas em Portugal esta descida foi na ordem dos 5,5% enquanto a factura da média da União a 27 diminuiu, nesse período, 16%.

Gás é o quinto mais caro da UE

Ainda assim, as famílias portuguesas pagaram por cada "gigajoule" de gás doméstico mais (16,52 euros) que as europeias (14,67 euros). Em termos de poder de compra, o valor pago pelos lares portugueses era o quinto mais caro no espaço europeu - 19,28 pontos acima. No que respeita o poder de compra só pagaram mais que os portugueses, os suecos, os polacos, os húngaros e os búlgaros. A maior descida dos preços do gás doméstico foram na Bélgica, na Itália, na Letónia e da Eslovénia.
Os vizinhos espanhóis viram os preços do gás descer 18% pagando apenas 14,88 euros por cada unidade.

Fonte: JN

Cabo supercondutor bate record mundial de intensidade de corrente

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Recorde electrizante
Pesquisadores da Universidade Autônoma de Barcelona, na Espanha, construíram um cabo supercondutor que bateu o recorde mundial de intensidade de corrente elétrica, atingindo 3.200 amperes a 24.000 volts.
Os resultados dos testes indicaram que o novo cabo supercondutor tem uma capacidade de 100 MVA (milhões de volt-ampere), cinco vezes mais do que um cabo de cobre convencional com as mesmas dimensões.
Além do cabo, medindo 30 metros, feito de material supercondutor de alta temperatura, os pesquisadores construíram todos os terminais para conectá-lo à rede comum de distribuição.
Cabo supercondutor
Segundo os pesquisadores, se for usado nas linhas de transmissão, o cabo elétrico supercondutor poderia reduzir as perdas de energia entre 50% e 70%, desde que utilizado em pontos-chave da rede de distribuição.
Por ser capaz de transportar uma quantidade de electricidade muito superior em relação aos cabos convencionais, a tecnologia supercondutora torna-se uma alternativa viável para se obter a eficiência desejada dos sistemas de distribuição eléctrica.
As perdas de energia ao longo dos linhões de transmissão, que levam a energia das usinas até os pontos de consumo, representam um desperdício maior de energia do que todas as demais ineficiências somadas.
A economia obtida com o uso de cabos supercondutores já computa o gasto energético com o próprio cabo, que precisa ser resfriado para manter a supercondução. Embora sejam chamados de materiais supercondutores de alta temperatura, essa temperatura é ainda muito menor do que a temperatura ambiente.
Demanda mundial de energia
A demanda mundial de energia deverá dobrar até a segunda metade deste século.
Desta forma, ganhos de eficiência na construção de motores, geradores, transformadores, além do uso de cabos supercondutores, ajudariam a satisfazer essa demanda de energia sem exigir que se dobre o número de usinas existentes hoje.
Segundo os pesquisadores, a tecnologia de transmissão baseada em materiais supercondutores também aumenta a segurança e a confiabilidade da rede, uma vez que os transformadores de material supercondutor não são inflamáveis.

Fonte: Inovação Tecnológica

Indústria solar propõe tarifa fixa por 15 anos para a microprodução

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Previsibilidade é a palavra-chave. A Associação Portuguesa da Indústria Solar (Apisolar) propôs à Direcção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) a criação de uma tarifa fixa durante 15 anos para a venda de electricidade nas instalações de microgeração. Objectivo: dar aos portugueses que querem ter painéis solares em casa melhor noção de quanto efectivamente receberão.

O regime jurídico da microprodução dá hoje a este tipo de instalações uma tarifa inicial que se reduz ao longo do tempo. A cada 10 megawatts (MW) de potência solar licenciada a tarifa de venda à rede desce 5%. Isso significa que um proprietário que agora instale um painel solar recebe 55,7 cêntimos por cada kilowatt-hora (kWh) produzido, mas se daqui a um ano o País já tiver mais 10 MW licenciados ele passará a receber 52,94 cêntimos. 

Concentrador solar de baixo custo otimiza células solares

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Um novo projeto de concentrador solar poderá levar a dispositivos de concentração da luz do Sol que sejam mais baratos e que exijam menos células fotovoltaicas do que os concentradores solares atuais.

Concentradores solares

Já existem concentradores solares de alta eficiência, que basicamente usam lentes para focalizar o Sol, projetando uma intensidade de luz equivalente a centenas de vezes a incidência normal do Sol, aplicando o foco sobre células solares de alta eficiência.
Esses sistemas tipicamente utilizam matrizes de lentes individuais que focam diretamente em células fotovoltaicas individuais, numa relação uma para uma entre lentes e células. Isso exige um alinhamento preciso e a conexão das diversas células.

Sem montagem e sem ajustes

O novo concentrador solar coleta a luz do Sol com milhares de lentes individuais construídas sobre uma folha. Essas lentes são acopladas a um "guia de ondas" plano que afunila a luz para uma única célula fotovoltaica.
Jason Karp e seus colegas da Universidade da Califórnia construíram um protótipo com apenas dois componentes ópticos primários, reduzindo o material utilizado, além de eliminar a necessidade de montagem e ajustes.

Matriz de lentes

"O motivo real de estarmos tentando construir esse tipo de concentrador solar é certamente o custo," disse Karp, explicando que o projeto reduz o custo do aparato óptico ao usar lentes menores e mais simples.
Mesmo as lentes utilizadas tiveram seu custo reduzido. Partindo de matrizes de lentes disponíveis comercialmente, os pesquisadores empregaram técnicas de impressão como as utilizadas na fabricação de telas para televisores com telas grandes para fazer o acoplamento com a guia de ondas que "recolhe" a luz concentrada de cada lente.