Programa Renováveis na Hora gera polémica: Potenciais produtores de energia dizem-se enganados

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Produzir energia eléctrica e vender à rede é agora objecto de incentivo, para ser microprodutor de energia é necessário efectuar um pré-registo no site renovaveisnahora.pt, fica em espera com um login e uma palavra-chave e em dia e hora a anunciar é aberto o processo de registo. Tudo muito de acordo com o Simplex, não fosse de simples não ter nada.

Só depois de efectuado o registo é que pode avançar com o licenciamento e com a obra de instalação de painéis fotovoltaicos. O problema está no dia e na hora dos registos, em que as dificuldades são muitas até se conseguir o mesmo.

No dia 9 de Dezembro abriu a 6º fase de registos no Regime Bonificado, neste dia confirmou-se também a desilusão de muitos particulares e empresas do Vale do Sousa, que poucos ou nenhum registo efectuaram. A dificuldade de registos, há muito detectada, foi mais uma vez verificada, pessoas que pela segunda ou terceira vez vêem adiado o projecto de microprodução, empresas que perdem novamente inúmeras oportunidades de negócio.

António Manuel, de 37 anos, natural de Paredes, fez em Dezembro a terceira tentativa de registo de uma unidade de produção energética para a sua residência, mais uma vez sem sucesso. A desmotivação começa a ocupar-lhe os sentimentos, afirma haver uma "sensação de fraude". Da primeira vez achou que era uma questão de sorte, ou falta dela, na segunda vez tinha várias pessoas a tentar o registo em computadores diferentes e nada, à terceira começa a pensar que é um sistema de registo sem eficácia.
Na opinião de António "o pré-registo devia servir para atribuir uma ordem de inscrição e essa ordem ser seguida nos registos, caso contrário é fácil considerar este processo pouco transparente".

Várias denúncias afirmam que esta dificuldade não passa de um esquema montado de favorecimento a grandes empresas, o VERDADEIRO OLHAR investigou e recolheu um testemunho.

Avelino, empresário no ramo da hotelaria de Penafiel, de 38 anos, na altura em que recolheu orçamentos para o seu projecto de microgeração afirma que a Martifer lhe garantia o registo se ele lhes adjudicasse a obra. Apesar das garantias entregou a obra a uma empresa da região e não conseguiu o registo. Sente-se desiludido e desmotivado com tudo isto, pensa mesmo em desistir da ideia. 

Vários são os sites na internet que denunciam fraude no sistema de registos, num fórum sobre electricidade lê-se acusações à EDP e à Martifer, onde há também informação sobre uma manifestação em frente ao Ministério da Economia, no passado dia 15 de Dezembro.

Na blogosfera as acusações de fraude multiplicam-se, os testemunhos a afirmar que há empresas que garantem os registos também, mas apesar das suspeitas nenhuma empresa da região quis dar a cara por este assunto, com receio de serem futuramente prejudicados nos próximos registos.

No entanto, a empresa SUNLIS, de Alcobaça, publica o seguinte comunicado no seu site: "Informamos os nossos estimados clientes que o sistema de registo de microgeração 'Renováveis na Hora' voltou a demonstrar-se um verdadeiro pesadelo. Esta situação revela-se uma verdadeira fraude para os clientes".
Assim como também já circula uma petição online com o nome de "Renováveis na Hora para todos" dirigida ao Ministro da Economia, para denunciar a pouca transparência do processo, tendo, com o objectivo de alterar o sistema de registo de microgeração de Energias Renováveis.
 

Nasce o primeiro transístor molecular

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Eletrônica molecular

Cientistas conseguiram fabricar experimentalmente o primeiro transístor feito com uma única molécula, levando a miniaturização da eletrônica ao seu limite e começando a tornar realidade as promessas de uma eletrônica molecular.
Exatamente ontem, dia 23 de Dezembro, o transístor original completou

Outros cientistas já haviam feito propostas teóricas para a criação de um transístor de benzeno e, há cerca de dois meses, uma equipe demonstrou o funcionamento do primeiro diodo molecular, uma junção semicondutora essencial para a construção dos transistores.

Transístor molecular

Agora, os pesquisadores da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, e do Instituto de Ciência e Tecnologia da Coreia do Sul, apresentaram o primeiro transistor molecular que funciona na prática, ainda que em escala de laboratório.

Eles demonstraram que, conforme haviam sugerido cientistas da Universidade do Arizona, uma molécula de benzeno ligada a contatos de ouro comporta-se como um transistor de silício.

Os pesquisadores conseguiram manipular os diferentes estados de energia da molécula variando a tensão aplicada através dos eletrodos de ouro. Ao manipular os estados de energia, eles foram capazes de controlar a intensidade da corrente elétrica que passa através da molécula. Exatamente o mesmo comportamento de um transístor eletrônico de silício.

"É mais ou menos como rolar uma bola colina acima, onde a bola representa a corrente elétrica e a altura da colina representa os diferentes estados de energia da molécula," tenta explicar o Dr. Mark Reed. "Fomos capazes de ajustar a altura da colina, permitindo que a corrente passasse por ela quando ela era mais baixa, e interrompendo a corrente quando ela se elevava."

Ferramentas moleculares

A parte mais desafiadora da construção do transístor molecular foi justamente conectar os eletrodos metálicos à molécula, uma técnica que o Dr. Reed e sua equipe vêm aprimorando há quase 20 anos.

O feito somente foi alcançado graças ao desenvolvimento de novas técnicas e equipamentos que permitem a medição das correntes super tênues e a "visualização" do que está ocorrendo em nível molecular.

O desafio pode ser visualizado na imagem, que contrasta as dimensões dos contatos elétricos, construídos com a tecnologia atual de litografia, e a molécula individual que funciona como transístor.

Uma década de trabalho

Há um grande interesse em utilizar moléculas em circuitos de computador porque os transistores tradicionais, feitos de silício, não são viáveis em escalas tão pequenas.

Contudo, embora represente um marco importante para a criação da eletrônica molecular, este transístor é ainda um dispositivo em escala de laboratório. Mesmo sua reprodução por outros grupos de pesquisadores será difícil. A fabricação em escala industrial terá que esperar ainda muitos anos de novos aprimoramentos e de novos equipamentos.

"Ainda não estamos prestes a criar a próxima geração de circuitos integrados," afirma Reed. "Mas, depois de muitos anos de trabalho nos preparando para isto, terminamos um trabalho de uma década de duração, conseguindo demonstrar que as moléculas de fato podem funcionar como transistores."


Dívida das eléctricas europeias ascende a 213 mil milhões

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A queda no consumo de electricidade e gás e a descida dos preços fizeram com que a dívida das eléctricas tenha crescido 113%. A EDP, que registou um aumento de 50%, está já a refinanciar a sua dívida.

As principais eléctricas europeias estão a enfrentar a crise com cortes de investimento e venda de activos, depois de a sua dívida ter registado um aumento de 113% de 2006 a 2008. O total das 10 maiores companhias deste sector ascende a 213 mil milhões de euros, segundo a décima primeira edição do Observatório Europeu de Mercados de Energia da consultora Capgemini.

No caso português, a EDP, a dívida aumentou 50% no período analisado, atingindo no final de 2008 os 13,9 mil milhões. No entanto, a eléctrica nacional está já a abater a sua dívida (ver caixa), que no final do terceiro trimestre deste ano chegou aos 14,4 mil milhões de euros, segundo dados da empresa liderada por António Mexia.

Mesmo assim, a EDP não é a eléctrica com a maior dívida, já que a alemã E.on finalizou o ano passado com 45 mil milhões e a Iberdrola com 29 mil milhões. O estudo da consultora conclui que a crise económica internacional está a colocar o sector da energia "sob pressão" e obrigou as empresas tomar medidas extraordinárias, perante quebras no consumo global de electricidade e de gás, de 3,5% e 3%, respectivamente.

A Capgemini acredita que a actual queda nos preços e o cenário resultante dos grandes investimentos em aquisições no sector criaram "uma percepção de risco financeiro e uma descida nos ratings", diz a consultora.

As soluções para que estas empresas diminuam a sua dívida passam por, a curto prazo, melhorar a eficiência operacional. Já a médio e longo prazo, a Capgemini recorda a necessidade de as eléctricas adaptarem a regulamentação europeia, os planos para reduzir emissões de CO2 e operacionalizarem as redes inteligentes.

Com a queda nos preços e no consumo devido à crise económica, muitas empresas do sector da energia atrasaram e até cancelaram investimentos, que tiveram impacto no crescimento das energias renováveis nos últimos anos.

Segundo o estudo, os investimentos das eléctricas europeias nesta matéria subiram 2% em 2008, uma diminuição significativa, considerando que a taxa anual de crescimento nos últimos cinco anos foi de 56%.

Só no segundo semestre de 2008, o investimento em renováveis decresceu 14%, para 21 mil milhões de euros. No documento, a Capgemini recorda que o Parlamento Europeu e o Conselho Europeu aprovaram em Maio um plano de quatro mil milhões de euros para o desenvolvimento das infra-estruturas energéticas. No entanto, os efeitos destes investimentos não se- rão significativos antes do próximo ano.


Fonte: DN 

ISA lança nova solução de eficiência energética

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A empresa portuguesa ISA vai lançar publicamente, amanhã, a solução iMeter, que permite monitorizar em tempo real o consumo de electricidade, gás e água de uma habitação, de forma a fomentar a eficiência energética.

Constituído por sensores de consumo, por um display que permite a visualização de informação em tempo real e por um concentrador que recolhe toda a informação possibilitando o acesso através da Internet, o iMeter é lançado publicamente pela ISA como forma de assinalar o final da Cimeira de Copenhaga. A solução tecnológica permite uma redução nas facturas das famílias de 15 a 20 por cento.

«O objectivo da ISA é reduzir a emissão de pelo menos 1,6 milhões de toneladas de CO2 até 2015, evitando danos ambientais muito sérios que construiriam uma injusta herança para os nossos filhos e netos», comenta José Basílio Simões, CEO da ISA.

Através dos consumos globais de de electricidade, gás e água, é possível a cada morador traçar o seu perfil de consumo, fazendo um “Electrocardiograma da Casa”. O iMeter vai ser também instalado nas escolas, ao abrigo do programa EnerEscolas, que pretende optimizar recursos energéticos e diminuir emissões de CO2 nos estabelecimentos de ensino.

A nova solução, já instalada em casa de mais de 100 famílias portuguesas, vai estar disponível para comercialização durante o primeiro trimestre de 2010. O iMeter engloba ainda um portal web, Enerbook, onde os consumidores poderão integrar uma comunidade de utilizadores e partilhar a sua experiência através de redes sociais
 

País vai poupar 15 mil milhões de euros com renováveis

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A promoção das energias renováveis vai permitir poupanças que podem ultrapassar os 15 mil milhões de euros no espaço de cinco anos, contabilizados até 2015. De acordo com um estudo da Deloitte e da APREN, para este montante vão contribuir sobretudo a redução das importações de energia (13 mil milhões) e a diminuição da emissão de CO2 que também tem custos (2,2 mil milhões). Ainda que não seja dinheiro que fica disponível para outros fins, é um montante que «equivale a duas vezes o novo aeroporto de Lisboa».

Com o programa do Governo e os projectos previstos na área das renováveis, este negócio vai praticamente duplicar de 2008 até 2015. O sector das energias eficientes, sobretudo graças à hídrica e a eólica, vão passar de 1,3% (2 mil milhões) para 2,4% (4 mil milhões) do Produto Interno Bruto (PIB) português. «Estamos a atravessar uma crise, também a sentimos, mas não deixamos de ter uma evolução nesta área», afirmou o presidente da Associação Portuguesa de Energia Renováveis, na apresentação do estudo aos jornalistas, adiantou que o crescimento deste sector tem sido de 10% e assim se deve manter. Para os próximos anos, a taxa de crescimento esperada é de 8%, superior à perspectivada para o mundo e União Europeia (6%).

Podemos reduzir a nosso dependência energética de 85 para 75% daqui a 10 anos

Além do peso na economia nacional, as energias renováveis vão ainda ter efeitos positivos no emprego. «Entre hoje e 2015, vão ser criados 5.800 postos de trabalho directos e 55 mil indirectos, o que no total representa 6% do nível de desemprego actual», comentou António Sá da Costa.

No entanto, o responsável sublinhou que estes números são «conservadores» e ainda não incluem os projectos de grande hídrica que só devem começar a dar frutos a partir de 2016, bem como não foi tido em conta os 1.500 Mega Watts (MW) solares que o Governo recentemente anunciou. Além disso, Sá da Costa aponta que as conclusões foram alcançadas tendo como base o petróleo nos 65 dólares por barril.

O presidente da APREN diz ainda que Portugal pode reduzir a dependência energética de outros países dos actuais 85% para 75% em 2020, se todos os projectos planeados e resultados em curso se cumprirem - nomeadamente as oito barragens, parques eólicos, biomassa e geotermia -, passando de uma produção de renováveis de 40 para 70%.

Outra conclusão do estudo é que a produção esperada corresponderá a 50% do consumo nacional em 2015. Nesse ano, o sector das renováveis em Portugal produzirá mais de 30 TWh (TerraWatts/hora) de electricidade.

Governo aprova hoje rede de abastecimento de carros eléctricos

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O Conselho de Ministros aprova hoje todo o quadro normativo em que vai assentar a criação da rede de abastecimento de carros eléctricos em Portugal - 1300 postos espalhados por 25 cidades, operados com base nos três grandes fornecedores de energia.

A rede irá estar a funcionar em 2011, ano em que se prevê a introdução em Portugal dos veículos automóveis movidos a energia eléctrica, e visa dar resposta às necessidades de um mercado de elevado potencial face à escalada dos preços dos combustíveis e à aposta em fontes renováveis.

O consórcio que irá gerir a infraestrutura é constituido pela EDP, Galp Energia e pela Iberdrola - os três grandes fornecedores de electricidade em Portugal -, pelos proprietários dos postos e pela SIBS, a sociedade que gere a rede multibanco.

O projecto português tem duas características que o diferenciam daquilo que está a ser feito no estrangeiro. Trata-se da criação de uma rede nacional e não do aparecimento postos de uma forma arbitrária. E funciona em plena integração, não obrigando os utilizadores a procurarem apenas o seu fornecedor de electricidade para abastecer o veículo.

O recurso ao pagamento da energia carregada através do multibanco permite que o utilizador abasteça em qualquer posto e que o pagamento seja feito ao operador energético a que está ligado. O custo do abastecimento surgirá depois na sua factura de electricidade.

O conjunto de diplomas que irá ser hoje apreciado em Conselho de Ministros - integrado no projecto MOBI-E (Mobilidade Eléctrica) - foi trabalhado no Ministério da Economia em negociação directa com os operadores e com as câmaras municipais das 25 cidades que vão integrar a rede nacional. O programa teve direito a um conjunto de benefícios fiscais definidos precisamente para apoiar o recurso à electricidade no sector automóvel. 

Fonte: Público

A máquina do Big Bang bateu recorde de energia

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É mais um passo para a maior experiência científica de toda a história. O grande acelerador de partículas (LHC) do Laboratório Europeu de Física de Partículas (CERN) impeliu dois feixes de protões a uma energia de 1,18 teraelectrão-volt (TeV). Esta experiência do CERN tem como objectivo final a recriação do Big Bang, ou seja, os primeiros milésimos de segundo do Universo.

"O LHC tornou-se hoje o acelerador de partículas mais poderoso do mundo ao impelir os seus dois feixes de protões a uma energia de 1,18 teraelectrão-volt esta manhã", avançou em comunicado o CERN.

"É fantástico", disse do director-geral do CERN. Rolf Heuer afirmou que as experiências vão continuar "por etapas porque ainda há muito a fazer antes de" começarem "a fazer física em 2010".

O recorde era até agora detido pelo Fermilab de Chicago, nos EUA, que já tinha atingido a energia de 0,98 TeV em 2001.
O acelerador de partículas do CERN foi reactivado a 20 de Novembro, 14 meses após a paragem devido a um avaria grave que aconteceu apenas três dias depois de terem ocorrido as primeiras colisões.

Como começou o Universo

O CERN pretende, com esta experiência, simular a criação do Universo, tal como terá acontecido há 13,7 mil milhões de anos.
Para tal, o LHC irá provocar uma colisão de protões a uma velocidade próxima da luz para simular os primeiros milésimos de segundo do Universo.
A construção do acelerador de partículas demorou mais de 12 anos, com um custo de 3,76 mil milhões de euros. Milhares de físicos e profissionais de várias áreas participaram nesta que é considerada a maior experiência científica de sempre.

Portugal é membro do CERN desde 1986. Várias empresas nacionais contribuíram para a construção do acelerador de partículas e na Suíça. Em Meyrin, perto de Genebra, na Suíça, sede do laboratório, trabalham vários portugueses.
 
 Fonte: RTP