Subsidiária da EDP cria unidade de negócios para energias renováveis na América do Sul


A Energias do Brasil, subsidiária da EDP - Energias de Portugal (EDP), anunciou hoje a criação de uma unidade de negócios voltada para a produção de energias renováveis na América do Sul.

A Enernova terá como meta atingir uma produção de mil MW (megawatts) de energia eléctrica a partir de pequenas barragens, fábricas de biomassa de cana-de-açúcar e de parques eólicos até 2012.

"O Brasil é um país verde, tem grande potencial, e a Energias do Brasil terá um crescimento baseado nas renováveis", disse o presidente da empresa, António Pita de Abreu, numa conferência de imprensa em São Paulo.

"Somos um operador de longo prazo, essa é a nossa matriz genética em Portugal e em todo lado onde estamos a operar", salientou.

Estatísticas oficiais mostram que o Brasil tem um potencial de 17 mil MW em projectos de produção de energias renováveis.

A Enernova já nasce com uma carteira de 13 pequenas barragens, com potencial de 160 MW, da Energias do Brasil, em vários estados brasileiros.

Pita de Abreu sublinhou que a Enernova contará com uma estreita cooperação com a unidade de renováveis da EDP (EDP Renováveis), grupo que já é o quarto maior produtor mundial de energia eólica.

A EDP Renováveis tem em operação cerca de 3600 MW em parques eólicos em Portugal, Espanha, França, Estados Unidos e Polónia.

A nova unidade de negócios tem participação accionista da EDP Renováveis (55 por cento) e da Energias do Brasil (45 por cento).

Miguel Setas, responsável pela nova unidade de negócios, disse que a Enernova avaliará igualmente oportunidades de investimentos em outros países da América do Sul.

"Temos consciência de que o Brasil tem um grande potencial nessa área, mas teremos flexibilidade necessária para encontrar oportunidades em outros países da América do Sul", afirmou.

A Energias do Brasil é uma holding controlada pela EDP - Energias de Portugal que controla empresas de produção, distribuição (Bandeirante, Enersul e Escelsa) e comercialização (Enertrade) de energia.
Fonte: Público

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