Células solares orgânicas e flexíveis
Pesquisadores canadenses descobriram uma nova forma de unir as diversas partes de uma célula solar orgânica, o que fez seu rendimento aumentar em 30%.
Estas células solares flexíveis ainda têm uma eficiência baixa, mas o ritmo de descobertas e avanços na área torna possível prever que elas logo se tornarão superiores às células solares fotovoltaicas tradicionais.
O desenvolvimento de células solares plásticas - também chamadas de orgânicas, flexíveis ou híbridas - que possam ser produzidas em massa a baixo custo, tem atraído a atenção de pesquisadores do mundo todo, o que pode explicar o ritmo de desenvolvimento que vem marcando esta área de pesquisas nos últimos anos.
Sanduíche solar
As células solares plásticas são feitas de camadas de diferentes materiais, cada uma delas com uma função específica, em uma estrutura parecida com um sanduíche.
"Uma camada absorve a luz, outra ajuda a gerar a eletricidade, enquanto outras ajudam a levar a eletricidade para fora da célula. Normalmente as camadas não grudam bem umas nas outras e, desta forma, a eletricidade acaba presa dentro do dispositivo e não fica disponível para uso, levando a dispositivos ineficientes," explica a Dra. Jillian Buriak, da Universidade de Alberta.
"Nós estamos trabalhando na maionese, na mostarda, na manteiga e em outros 'molhos especiais' capazes de manter esse sanduíche unido e fazer todas as camadas funcionarem bem em conjunto. Isto está fazendo um sanduíche melhor, no nosso caso, uma célula solar melhor," diz a pesquisadora.
O futuro pertence ao plástico
A receita de uma célula solar melhor, que agora demonstrou um aumento de eficiência de 30%, já consumiu dois anos de trabalho de uma equipe interdisciplinar que reúne engenheiros, físicos e químicos.
A Dra. Buriak estima que ainda serão necessários de 5 a 7 anos de pesquisas para que os painéis solares plásticos possam ser produzidos em massa a custos competitivos.
Mas, quando isso acontecer, diz a pesquisadora, a energia solar estará disponível para todo o mundo. "A próxima geração da energia solar pertence ao plástico," conclui ela.
Fonte: Inovação Tecnológica
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III CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENGENHARIA ENERGÉTICA E MEIO AMBIENTE
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Mónica Martins
ciiem@estgp.pt
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