Chips que não geram calor
Pesquisadores suíços criaram um transístor óptico que consegue fazer com luz o que os transístores da electrónica actual fazem utilizando a electricidade.
O transístor é o bloco básico de toda a electrónica e de todos os processadores. No interior de um processador ele normalmente funciona como uma chave - a tensão aplicada a um dos seus três eléctrodos controla a quantidade de corrente que flui pelos outros dois, podendo variar entre passagem total de corrente (estado ligado) até a interrupção total da corrente (estado desligado).
Um dos grandes inconvenientes é que essa passagem contínua de electricidade gera um calor descomunal - um chip estado da arte pode dissipar até 125 watts por centímetro quadrado, mais de 10 vezes o calor gerado pela chapa de um fogão eléctrico.
Se a luz puder ser usada, o chips não apenas ficarão muito mais rápidos, porque a luz viaja mais rapidamente do que os electrões, como também estará resolvido o problema da dissipação de calor.
Transístor óptico
Um passo importante nessa direcção foi dado agora pela equipe do Dr. Vahid Sandoghdar, do Instituto ETH de Zurique. Utilizando uma única molécula, os pesquisadores conseguiram fabricar um transístor óptico, que funciona usando fotões, e não electrões.
Os cientistas tiraram proveito do fato de que a energia de uma molécula é quantificada, ou seja, apresenta valores discretos. Quando a luz de um laser atinge a molécula em seu estado natural, ela absorve a luz. Como resultado, a luz do laser é consumida.
O sentido inverso da operação também é possível - um segundo raio laser atinge a molécula de forma a fazê-la liberar a energia absorvida anteriormente e retornar ao seu estado "neutro". Isso ocorre porque o feixe de laser altera o estado quântico da molécula, amplificando o feixe de luz. Esta chamada emissão estimulada, que Albert Einstein descreveu há mais de 90 anos, também é a base para o funcionamento do próprio raio laser. Ver notícia completa-->
Fonte: Inovação tecnológica
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