Um grupo de pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) identificou bactérias que degradam a glicerina para sua transformação em biogás. O trabalho utiliza o resíduo bruto da glicerina gerado pela produção de biodiesel que, por não poder ser vendido como matéria-prima para indústrias como a de cosméticos, acaba sendo descartado em aterros industriais.
Bactérias produzem biogás
De acordo com a coordenadora do estudo, Maria de Los Angeles Palha, professora do Departamento de Engenharia Química da UFPE, o biogás é produzido quando um aglomerado bacteriano, presente no esterco bovino e composto por várias espécies de microrganismos, é colocado em contacto com a glicerina bruta em equipamentos biodigestores.
"O biogás gerado é o metano, que pode ser utilizado como combustível para a produção de energia eléctrica. A partir de bactérias existentes nos dejectos do gado, o processo de biodigestão faz com que a biomassa seja fermentada, em diferentes etapas, para a obtenção do biogás", disse a pesquisadora à Agência FAPESP.
"Os microrganismos se alimentam dos nutrientes do esterco, que é colocado em contato com a glicerina líquida, para transformá-la em metano por meio de reações bioquímicas", disse Maria, que é coordenadora do curso de engenharia química da UFPE. A reação química ocorre na ausência do oxigênio, uma vez que as bactérias empregadas são anaeróbicas. Ver notícia completa-->
Fonte: Inovação tecnológica
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