Dependência dos combustíveis fósseis com fim à vista


O estudo “Energy (R) evolution” prevê que as energias renováveis, até 2090, possam substituir os combustíveis fósseis com o objectivo de travar o aquecimento global. Seria necessário que os investimentos nas energias se efectuassem até 2030 e, de acordo com a EREC e a Greenpeace, esta mudança é necessária, de forma a evitar os perigos inerentes às alterações climáticas.

Algumas das medidas a tomar, propostas pelo estudo, passam por um corte faseado dos subsídios ao nuclear e combustíveis não renováveis, pelo reforço do sistema de limitação e comércio de emissões de dióxido de carbono e redução do aumento de emissões de CO2 com efeito de estufa. Pretende-se, também, criar estruturas de energias renováveis com modelos eficientes aplicáveis aos edifícios e veículos.

O relatório diz que os mercados de energias renováveis estão em crescimento e que poderão vir a crescer ainda mais, de forma a proporcionar uma sustentabilidade global. As projecções são bastante mais optimistas que as da Agência Internacional da Energia que prevê, através dos recurso energéticos renováveis, o abastecimento de só 13% da energia mundial. Já o relatório “Enregy (R) evolution” antevê um abastecimento de 30% até 2030 e 50% até 2050.
Sven Teske da Greenpeace, num e-mail que escreveu à Reuters diz que “a actual instabilidade sentida nos mercados é um forte argumento para aplicar este conceito sobre a evolução energética”.

A aplicação deste projecto, segundo o líder do grupo ambiental Greenpeace, poderá salvar a actual crise, num modelo parecido ao aplicado nos anos 30 depois do “crash” na bolsa de Nova Iorque.
O líder da Greenpeace está, também, convencido de que este processo de crescimento das energias renováveis não será limitado aos países em desenvolvimento, facto que não aconteceu com a internet e o sector financeiro.

Fonte: Rádio Renascença

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