O crescimento das energias renováveis deverá conduzir, no curto-prazo, ao aumento das tarifas eléctricas, admitiu ontem o presidente da Entidade Reguladoras dos Serviços Energéticos (ERSE). Vítor Santos, que falava aos jornalistas à margem de uma conferência do "Diário Económico" sobre ro assunto. Sublinhou contudo, que, a médio e longo prazos, o aumento da potência instalada destas energias terá efeitos benéficos na tarifa, já que o país ficará menos dependente de recursos fósseis para a produção eléctrica e emitirá menos dióxido de carbono. A redução de preços, após uma fase inicial em que o impacto das renováveis - sobretudo eólica, onde há mais projectos - será "negativo", vai dar-se de forma "progressiva", disse o responsável, para quem existe "predisposição dos portugueses para, no momento presente pagar um pouco mais", tendo em conta que no futuro os efeitos serão positivos. As renováveis são subsidiadas através da tarifa, pelo que, à medida que entrarem em operação mais projectos, mair será o impacto. Actualmente estão em operação cerca de 1600 mega watts (MW) de eólicas, mas as metas do Governo apontam para os 5100 MW em 2012. Vítor Santos não quantificou o impacto no futuro mas, actualmente, as renováveis pesam cerca de 4% na tarifa final. Na conferência, o secretário de Estado Castro Guerra anunciou que, até 2012, há projectos de renováveis na ordem dos 8,1 mil milhões que de euros, que deverão criar cerca de 10 mil empregos directos. As eólicas representam a maior parte do investimento (1,7 mil milhões), mas o Governo também aposta em mais grandes barragens, solar, ondas e biomassa. Ver resto da Noticia-->
Fonte: JN de 22/3/2007
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