Para Francisco Ferreira, da Quercus, a taxa de 0,41 euros nas lâmpadas incandescentes não é suficiente para que sirva de desincentivo à compra das mesmas, e um incentivo à compra de lâmpadas economizadoras. «Apesar de parecer muito em termos relativos, é pequena em termos absolutos. As pessoas não vão dar por ela», diz o responsável em declarações ao AmbienteOnline.
Segundo o ambientalista, «as lâmpadas incandescentes continuam a ser uma tentação», pelo que a taxa deveria ser mais alta. A medida proposta, diz, poderá revelar-se apenas uma forma de angariar dinheiro para o Fundo de Carbono. Como solução, Francisco Ferreira aconselha: «o Governo devia, à semelhança de outros países, como a Irlanda, promover o phase-out tão rapidamente quanto possível de forma a garantir que há efectivamente poupanças».
A informação ao público deveria, para o dirigente, fazer parte de uma política mais activa do Governo. «As pessoas deveriam ser informadas das questões relacionadas com as lâmpadas economizadoras, tais como: como utilizar a garantia, como recolher os seus resíduos quando se partem, que devem ser obrigatoriamente recicladas, e como escolher uma lâmpada».
A Osram, uma das principais fabricantes de lâmpadas para o mercado português, está também na expectativa quanto às novas portarias. «Se a taxa vai ajudar à aquisição de lâmpadas mais eficientes, só o futuro o dirá», refere Antonieta Loureiro, directora-geral da empresa.
De qualquer modo, salienta, dos planos da Osram já fazia parte, no curto/médio prazo, o phase out das lâmpadas incandescentes. «No ano passado já tínhamos criado lâmpadas da família do halogéneo que permitiam uma economia de energia até 30 por cento», acrescenta. Antonieta Loureiro reconhece, contudo, que este ainda é um valor longe dos 80 por cento de poupança que se pode atingir com as lâmpadas fluorescentes compactas.
Fonte: Ambiente Online
Fonte: Ambiente Online
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